9 segredos para reduzir os custos da sua frota
A gestão de frotas por GPS pode ajudar a melhorar a produtividade das suas equipas e a qualidade do serviço prestado ao...
Ler MaisUma frota orientada a dados é uma frota moderna e inteligente, que tira partido de algoritmos inteligentes, que extraem sinais e padrões de dados. Uma análise de dados tradicional, ao contrário, é obsoleta, sendo suportada por indicadores já desatualizados. [1]
Continue a ler e saiba mais sobre como tornar a sua frota mais sustentável e orientada a dados.
Longe vão os tempos em que os gestores de frota geriam a atividade com base em folhas de cálculo e inúmeros documentos impressos. Com a digitalização dos negócios, a gestão de frotas foi significativamente agilizada através de automatismos e acessibilidades várias proporcionadas por soluções assentes na Cloud e aplicações móveis nativas para smartphones. A capacidade atual de recolha, registo e análise de dados através de tecnologia avançada permite uma maior capacidade de planeamento do negócio, também a longo prazo, com ganhos de eficiência e de sustentabilidade da frota. Em apenas alguns cliques, é possível consultar o combustível que as viaturas consomem e, através da manutenção preventiva, poderá antecipar e melhor gerir as necessidades de manutenção dos veículos da sua frota. Ao garantir uma frota funcional, evita paragens e custos desnecessários, reduzindo a possibilidade de um veículo se avariar.
Um dos recursos de uma frota orientada a dados é o “smart data”, em uso por cerca de 30% dos veículos de frotas norte-americanas, com uma previsão de crescimento para os 50% ainda este ano.
Similarmente às soluções de software telemático, os gestores de frotas podem aceder a informações determinantes sobre a sua frota em apenas alguns cliques – estilos de condução dos condutores, problemas de trânsito, que implicam a mudança de rota do veículo, ou o uso não autorizado de viaturas.
O “smart data” é uma tecnologia revolucionária para o setor, tornando os processos mais eficientes e ajudando a sua frota a manter-se sustentável e rentável [2]. Com a capacidade de fornecer um elevado volume de informação, a ferramenta, para ser utilizada em pleno, irá requerer que os gestores de frota se adaptem à sua componente tecnológica, para tirarem melhor proveito da mesma.
Antes de mais, é importante destacar a diferença entre big data e “smart data”. Enquanto o conceito de big data se refere ao enorme volume de dados recolhidos pelas empresas, oriundo de múltiplas fontes de dados, que podem ser estruturados ou não estruturados, a componente mais interessante destes mesmos dados pode ser extraída e transformada em “smart data”, que poderá, posteriormente, ser analisada e beneficiar a frota. [3]
O objetivo das Orientações para a Década Digital da Europa é estabelecer a visão de como a Europa se deve transformar digitalmente até 2030. Um dos objetivos é que, pelo menos, 90% das pequenas e médias empresas possuam um nível mínimo de digitalização. No entanto, este número era de apenas 60% em 2020. Quando analisados individualmente, os resultados para cada país da UE variam muito entre si: A Dinamarca e a Finlândia estão próximas do objetivo, com 88%, enquanto a Bulgária e a Roménia têm terreno a recuperar, com apenas 33%. No caso de Portugal, o valor está nos 51%, ligeiramente abaixo da média europeia, de 60%. [4]
As Orientações para a Década Digital também exigem que três quartos das empresas utilizem Inteligência Artificial, computação em nuvem, e tecnologia de big data até 2030. Atualmente, apenas 25% das empresas usam IA ou computação em nuvem e 14% usam big data. A Dinamarca, Finlândia e Suécia são os países mais avançados no que diz respeito à transformação digital das suas empresas. [5]
Ao implementar tecnologias digitais, as empresas tornam-se mais competitivas, melhoram a sua oferta e aumentam o seu alcance no mercado, beneficiando de novas oportunidades. De acordo com o DESI [6], 14% das empresas utilizaram big data em 2020, o que representou um aumento de 2% face a 2018.
As grandes empresas são mais propensas a adotar novas tecnologias do que as suas congéneres de menor dimensão, o que poderá dever-se ao facto de 80% das grandes empresas utilizarem Sistemas de Planeamento de Recursos Empresariais (ERP) e apenas 35% das Pequenas e Médias Empresas o fazerem. As PME’s não tiram, igualmente, tanto partido do comércio digital, com apenas 17% destas empresas neste mercado, em oposição aos 39% das grandes empresas. Apenas 8% das PME vende no estrangeiro, enquanto quase um quarto das grandes empresas o fazem.
As empresas da UE continuam a tirar partido das novas tecnologias para uma análise mais eficiente dos seus dados, o que, por sua vez, ajuda a tornar os seus negócios mais produtivos. Atingir o objetivo das Orientações para a Digitalização, com 75% das empresas da UE a adotar, até 2030, tecnologia de big data, deverá revelar-se exequível. No entanto, é importante referir que apenas 14% das empresas realizaram uma análise de big data em 2020.
34% das grandes empresas da EU já estão a tirar o máximo partido da big data, embora as PME’s estejam um pouco atrás, com apenas 14%. Em Malta, quase um terço das empresas analisa big data, e nos Países Baixos e na Dinamarca atinge os 27%. Alguns países, contudo, estão atrasados como a Roménia, Chipre, Eslováquia e Bulgária, com apenas 5-6% das empresas a analisar big data. Portugal encontra-se próximo da média europeia, com 11%. [7]
Um negócio orientado a dados, através dos inúmeros benefícios da “smart data”, é premissa para um negócio mais produtivo e sustentável, reduzindo o desperdício de combustível, viagens desnecessárias e otimizando a eficiência do combustível, para referir apenas alguns exemplos. Todas estas mudanças podem levar a uma diminuição das emissões de CO2. As informações recolhidas na ferramenta permitem ainda aos gestores de frota prolongar a vida útil dos veículos e evitar paragens inesperadas através de uma manutenção proativa.
As viaturas estão em ralenti quando o motor está em funcionamento, mas pouco ou nenhum movimento é detetado. Os gestores podem definir o tempo em ralenti que consideram aceitável e receberão uma notificação nos resultados se este for ultrapassado.
O tempo em ralenti é comparado com os custos estimados para o veículo, calculando quanto combustível (e, portanto, orçamento) é desperdiçado.
Acelerações, travagens e viragens bruscas são apresentadas nos dados.
O Gestor de Frota poderá definir os limites que determinam um evento de excesso de velocidade, ou em alternativa, utilizar os limites legais definidos por cada tipo de estrada. Sempre que um evento de excesso de velocidade se verifique será registado e aparecerá nos resultados, classificado pela sua gravidade.
O planeamento de rotas pode ajudar na eficiência da empresa. As alterações e atualizações à rota definida podem ser efetuadas em tempo imediato e respondidas mais facilmente.
De acordo com o Relatório de Tendências em Soluções Tecnológicas de Frota na Europa para 2023 [8], realizado para a Verizon Connect pela ABI Research, as empresas que adotam sistemas de localização de frota por GPS verificaram melhorias em áreas tão relevantes como:
Com as ameaças ao crescimento, no rescaldo da crise pandémica, o crescimento de muitas empresas, nos últimos anos, ficou abaixo do esperado. Assim, nos próximos anos, haverá um foco ainda maior na eficiência de custos, bem como nas preocupações ambientais, à medida que as empresas recuperam o seu ritmo de crescimento. Ambas as questões integram o conjunto de benefícios comprovados da utilização de tecnologias de gestão de frotas. [9]
O Reino Unido/Irlanda e o Benelux são os mercados mais avançados para soluções de gestão de frotas na Europa. A Berg Insight estimou, no final de 2020, que as taxas de utilização eram de 31,7% e 31,2%, respetivamente. Para os nórdicos, a taxa de utilização foi de 23,4%. A França, Alemanha e Europa Central estavam menos presentes com taxas entre os 13 e os 20%, embora ainda superiores às do Mediterrâneo, com 10,9%. [10]
Com a evolução tecnológica a evidenciar-se transversalmente a qualquer setor e indústria, os gestores de frota terão como desafio para o futuro adaptarem-se a estas transformações, por forma a garantirem a sua competitividade no mercado e alcançarem os benefícios destas evoluções, com ganhos de eficiência económica, de produtividade e de sustentabilidade ambiental.
Cada vez mais dados serão produzidos à medida que a telemática evolui, sendo assim vital saber como utilizar a informação gerada, para tirar o máximo partido da mesma. [11]
[1] https://www.netscout.com/blog/what-smart-data-how-does-it-help
[2] https://thefutureofthings.com/13114-heres-why-big-data-is-the-future-of-fleet-management
[3] https://www.dataversity.net/big-data-vs-smart-data/
[4; 5] https://digital-strategy.ec.europa.eu/en/library/digital-economy-and-society-index-desi-2021
[6] DESI 2021, Comissão Europeia
[7] https://digital-strategy.ec.europa.eu/en/library/digital-economy-and-society-index-desi-2021
[8] Relatório de Tendências em Soluções Tecnológicas de Frota na Europa para 2023
[9; 10; 11] https://www.berginsight.com/fleet-management-in-europe
Etiquetas: Tecnologia, Gestão de Viaturas e Equipamentos
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